A Punheta como ela é - Parte I
Freud explica. Porém, deixando de lado qualquer consideração freudiana ou qualquer explicação acadêmica, vamos falar da punheta como ela é. E em primeiro lugar, é bom deixar muito claro que punheta só serve pra referir-se à masturbação masculina. Mulher bate siririca ou então usa um vibrador, e é importante frisar que quando há um objeto estranho ao corpo participando do ato libidinoso, a coisa deixa de ser masturbação/sexo solitário no sentido estrito. Afinal, ninguém fala que o "cara bateu uma punheta com a boneca inflável", e, portanto, o raciocinio deve valer também para o caso feminino. No entanto, siririca não é meu forte (por motivos óbvios), e por isso o assunto desse post será a tão considerada punheta.
Descabelar o palhaço, descascar a banana, tocar cavaquinho, massagear o bitelo... expressões desnecessárias para tratar de punheta, sinceramente. Além de muito sem graça (tirando "massagear o bitelo" que pelo menos é tosca), nenhuma delas tem a classe e sonoridade do "bater uma punheta" (nada de "tocar punheta", você não toca no pau e sai porra, tem que fazer movimento semelhante ao de bater um bolo para que a mágica aconteça). E sim, amigos, a bronha (única expressão aceitável pra substituir "punheta", só por também ser sonoramente aprazivel), apesar de imensamente desvalorizada, deve ser considerada classuda, e para provar isso faço uma breve comparação com o sexo.
Claro, não tem o que discutir, sexo com alguém é melhor que o sexo solitário. Quer dizer, não em todos os casos. Por exemplo, pra mim, trepar com outro cara seria infinitamente pior do que bater uma punheta (pelo menos, eu acho que seria, e não to afim [por enquanto] de tirar a prova). Mas, em geral, trepar está com a vantagem. Uma foda ruim é melhor que foder com a mão esquerda, pelo menos é o que considero. Porém, em um aspecto a punheta mostra estar "acima" do sexo a dois: trata-se do critério.
A punheta é mais criteriosa que o sexo, afinal, como diz um amigo meu "comer por comer eu comia até você" (frase que eu prefiro não levar a tal extremo). É fato que você, homem macho e viril, comeria, sim, 99,99% das mulheres que vê em seu dia a dia caso tivesse a oportunidade. Seja sincero: levando em consideração as condições de embriaguez, sigilo e outras necessárias, é óbvio que você passaria a vara em quase qualquer mulher que você vê na rua, independente de como ela seja, não é? Só casos realmente extremos não seriam "encarados", e olhe lá. Essa é prerrogativa essencial do homem.
Já com a punheta, o caso é diferente. Punheta não é pra qualquer uma. Você seleciona bem quem merece estar ali em sua mente no seu momento da solidão. É coisa dedicada a alguém que realmente mereça. É àquela atriz extremamente gostosa, àquela sua conhecida raimundinha que você viu de calça branca hoje, àquela sua paixãozinha no trabalho (tá, esse ultimo realmente é rídiculo e não aceitável). Enfim, a punheta é méritocrática. A punheta é elitista, eu diria.
Por isso meu jovem, não se envergonhe de seu sexo solitário. Não deixe de procurar alguém para foder, mas não se esqueça de que nos momentos de necessidade, quando a sua mão direita for seu braço direito, o que você faz é algo nobre, mais selecionador que o sexo inclusive. Inclusive, por esse motivo, falarei na parte II disso aqui sobre as diferenças da punheta arte para a punheta de resultados. Freud explica.